quinta-feira, 29 de abril de 2010

Switchfoot pra calçar: banda lança modelo próprio de tênis


Especial: Switchfoot Macbeth Manchester Skate Shoe

Em parceria com a rede de lojas Journeys e a fabricante de calçados Macbeth Footwear, a banda Switchfoot agora tem um modelo próprio de tênis. O produto especial, batizado de “The Manchester”, tem acabamento sofisticado e leva grafismos alusivos à banda. O modelo segue a linha skate wear e custa US$ 54,99. Por enquanto, só para eles. Visite a loja virtual neste link.

(Via JFH)

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Em outras palavras... (33)

Extra! Extra! O futuro dos jornais:

Vídeo: "Whatever It Takes", by Pillar

Clipe oficial da música "Whatever It Takes", do mais recente álbum do Pillar, "Confessions":

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Audio Adrenaline retorna com novo projeto

A premiada banda de rock Audio Adrenaline (ou o que resta dela), com o ápice de sua trajetória durante os anos 1990, está retornando à cena com um novo projeto musical, a coletânea “The Know Hope Collective”, numa iniciativa do vocalista Mark Stuart e do baixista Will McGinniss. Ainda há poucas informações a respeito, mas o lançamento, previsto para 2010 sem data definida, virá com alguns clássicos da banda e com músicas novas gravadas recentemente. No projeto, Mark traz a participação de artistas e amigos convidados. Assim como nos álbuns “Worldwide” (2001) e “Lift” (2003), o novo trabalho será focado em canções para adoração e firmado numa proposta de incentivo ao trabalho missionário.

Audio Adrenaline teve seu último álbum de estúdio (“Until My Heart Caves In”) em 2005 e fez o último show ao vivo em 2007, no Havaí, em gravação para o álbum de despedida “Live From Hawaii: The Farewell Concert”. Apesar da anunciada aposentadoria, em 2008 e 2009 o grupo voltou a se reunir para fazer alguns shows isolados. Atualmente, Mark e Will, únicos remanescentes da formação original, estão em viagem pelos Estados Unidos, marcando presença numa série de eventos. Em junho, eles fazem shows no Canadá, em participação especial na turnê 2010 da banda Newsboys.

(Via CMSpin)

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Vencedores do Dove Awards 2010

Os vencedores da 41ª edição do Dove Awards, maior premiação da música gospel mundial, foram conhecidos na noite desta quarta-feira, dia 21, em Nashville (EUA). Needtobreathe (Grupo do Ano, Melhor Música e Melhor Álbum de Rock Contemporâneo), Casting Crowns (Artista do Ano), Francesca Battistelli (Melhor Cantora e Melhor Clipe), Brandon Heath (Melhor Cantor), Jars Of Clay (Melhor Álbum Pop e Melhor Encarte), o compositor Jennie Lee Riddle e o produtor Jason Ingram foram os destaques. Confira abaixo a lista dos campeões:

Artista do Ano
Casting Crowns

Artista Revelação do Ano
Sidewalk Prophets

Grupo do Ano
Needtobreathe

Cantora do Ano
Francesca Battistelli

Cantor do Ano
Brandon Heath

Canção do Ano
"By Your Side" (Tenth Avenue North)

Compositor do Ano
Jennie Lee Riddle

Produtor do Ano
Jason Ingram e Rusty Varenkamp

Música de Rap/Hip Hop do Ano
"Movin'" (Group 1 Crew)

Música de Rock do Ano
"Mess of Me" (Switchfoot)

Música de Rock/Contemporâneo do Ano
"Lay 'Em Down" (Needtobreathe)

Música Pop/Contemporânea do Ano
"City On Our Knees" (TobyMac)

Música Inspiracional do Ano
The Only Hope” (Bebo Norman)

Música de Southern Gospel do Ano
Born to Climb” (Jeff & Sheri Easter)

Música de Bluegrass do Ano
When We Fly” (Little Roy Lewis & Lizzy Long)

Música Country do Ano
Somebody Like Me” (Jason Crabb)

Música Urbana do Ano (dois ganhadores)
Close To You” (BeBe & CeCe Winans)
Just Wanna Say” (Israel Houghton)

Música Gospel Tradicional do Ano
“Justified” (Smokie Norful)

Música Gospel Contemporânea do Ano
The Power of One” (Israel Houghton)

Canção de Louvor do Ano
Revelation Song” (Jennie Lee Riddle)

Álbum de Rap/Hip Hop do Ano
Five Two Television (KJ-52)

Álbum de Rock do Ano
Innocence and Instinct (RED)

Álbum de Rock/Contemporâneo do Ano
The Outsiders (Needtobreathe)

Álbum de Pop/Contemporâneo do Ano
The Long Fall Back to Earth (Jars of Clay)

Álbum Inspiracional do Ano
Fearless (Phillips, Craig & Dean)

Álbum de Southern Gospel do Ano
Gaither Vocal Band Reunited (Gaither Vocal Band)

Álbum de Bluegrass do Ano
The Isaacs...Naturally (The Isaacs)

Álbum Country do Ano
The Reason (Diamond Rio)

Álbum Gospel Tradicional do Ano
Shout! Live (Mike Farris & The Roseland Rhythm Revue)

Álbum Gospel Contemporâneo do Ano
Love Unstoppable (Fred Hammond)

Álbum Instrumental do Ano
Joy Comes In the Morning (Stan Whitmire)

Álbum de Música Infantil do Ano
Veggie Tales: Here I Am to Worship (Featuring Natalie Grant and Aaron Shust)

Álbum em Língua Espanhola do Ano
Le Canto (Kari Jobe)

Álbum de Evento Especial do Ano
Glory Revealed II: The Word of God In Worship (Mac Powell, Jason Crabb, Amy Grant, Natalie Grant, Brandon Heath, Aaron Shust, Bethany Dillon, Kari Jobe, Mark Hall, entre vários outros artistas)

Álbum de Natal do Ano
Christ Has Come (Big Daddy Weave)

Álbum de Louvor e Adoração do Ano
Church Music (David Crowder*Band)

Musical do Ano
"A Baby Changes Everything" (Deborah Craig-Claar and David T. Clydesdale)

Musical Infantil/Juvenil do Ano
"Christmas Hang-ups" (Dennis Allen and Nan Allen)

Coletânea de Coral do Ano
Travis Cottrell: Jesus Saves: Live (Travis Cottrell)

Embalagem do Ano
Long Fall Back to Earth (Limited Edition) (Jars of Clay)

Vídeo de Curta Duração (Clipe) do Ano
"Free to Be Me" (Francesca Battistelli)

Vídeo de Longa Duração (DVD) do Ano
"A Gospel Journey" (Oak Ridge Boys)

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Danny Ryos em ritmo de estreia do primeiro CD

A banda da cantora Danny Ryos, de Joinville (SC), está na etapa final do projeto de lançamento do primeiro CD. O trabalho deve estar pronto em maio, quando o público poderá conhecer o resultado de vários meses de produção e gravação. Uma prévia do que vem por aí pode ser conferido no MySpace recém-criado da banda, com cinco faixas disponíveis para ouvir.

A expectativa para o álbum de estreia é grande. O material tem produção musical de James Felipe, músico e produtor ainda jovem que vem ganhando destaque no meio fonográfico, e foi gravado no estúdio Shofar, de Curitiba (PR), um dos melhores do sul do Brasil, onde artistas como Heloísa Rosa e Filhos do Homem têm trabalhos assinados. A oportunidade de gravar nesse estúdio veio por indicação de James Felipe, que tem parceria com a Shofar em produções anteriores.

O CD, autointitulado, soma 10 músicas firmadas na pegada do rock moderno, com letras de incentivo à reflexão e à adoração. A autoria das composições é em grande parte de Danny Ryos, inspirada em experiências pessoais com Deus, e outras são em parceria com os músicos e equipe de produção. “Queremos mostrar que todo o conteúdo que existe nesse CD faz parte da minha identidade musical e de vida com Deus. Esse disco é retrato do que Deus tem feito em mim, em nós”, comenta Danny, que tem o esposo Marko “Bass” como baixista da banda.

Junto com o primeiro álbum, em breve também no ar o site oficial da banda. Acompanhe as últimas do lançamento pelo twitter @dannyryos. Abaixo, um vídeo produzido durante as gravações:

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Poema estreia EP oficial pela gravadora Tooth & Nail

Depois de fazerem sucesso na internet, a dupla de pop-acústico Poema, formada pelas irmãs Danielle e Shealeen Puckett, estreou seu primeiro trabalho oficial, o EP “Sing It Now”, lançado em 23 de março, numa aposta da gravadora Tooth & Nail. Elle e Shealeen, 17 e 19 anos respectivamente, nunca pensaram em ser tornar músicos profissionais, mas sempre foram incentivadas por amigos e familiares. O que começou mais como brincadeira tem gerado efeitos surpreendentes. O som despretensioso dessas meninas, bem recebido em apresentações locais e em vídeos na internet, despertou o interesse de gente grande e virou algo mais sério, embora a sonoridade lúdica e descontraída seja o que certamente marca “Sing It Now”, bem como a própria essência da dupla. O disco contém seis faixas, quatro das quais já estiveram em EPs Demo lançados de forma limitada e independente. “2 A.M.” e “City Boy” são as novidades e os destaques nesse trabalho.

Tracklist “Sing It Now”:
1. 2 A.M.
2. City Boy
3. Feel The Same Way
4. Echo Off The Sky
5. Safe To Say
6. Blue Sweater




Abaixo, clipe de “2 A.M.”:


Leia neste post um perfil de Amplificador sobre Poema.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Dove Awards 2010 anuncia indicados a Compositor do Ano

Foi anunciado nesta terça-feira, dia 13, os indicados na categoria “Compositor do Ano” da 41ª edição do Dove Awards, maior premiação da música gospel mundial. Os candidatos são Francesca Battistelli, Michael Boggs (do quarteto FFH), Mike Donehey (da banda Tenth Avenue North), Jason Ingram, Jennie Lee Riddle e Neil Thrasher.

A tradicional categoria, sempre com muitos representantes, não havia sido relacionada quando da divulgação da lista oficial de nomeações, feita em 19 de fevereiro. O melhor compositor, bem como os ganhadores em mais 41 outras categorias serão premiados na próxima quarta-feira, dia 21 de abril, em cerimônia a ser realizada em Nashville (EUA).

Confira neste post a lista de todos os indicados.

(Via JFH)

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Bandas “tuiteiras” reunidas em evento inédito em Joinville

Dia 21 de abril, quarta-feira (feriado), Joinville terá o primeiro twittencontro de bandas da cidade – o Upload Festival. O evento, inédito no gênero, reunirá os grupos Fixar (@fixar), Thiago Rodrigo (@_thiagorodrigo), Ministério Frequência (@mfrequencia) e Vanderson Almeida Banda (@vanderson107). A proposta do festival é destacar bandas locais que estão presentes e atuantes no Twitter e que têm usado também outros canais da internet, como Youtube e Orkut, para divulgarem seus trabalhos. O encontro acontece na PIB Joinville, a partir da 19hs, com entrada gratuita. Acompanhe em @upload_festival as atualizações sobre o evento.

Serviço:
O quê? Upload Festival
Quando? Dia 21 de abril, às 19hs
Onde? Primeira Igreja Batista – PIB Joinville (Rua Dona Francisca, 234, Centro)
Quanto? Gratuito
Informações? Twitter: http://twitter.com/upload_festival

Novo CD do Aeroilis sai dia 30 e será gratuito para baixar

A banda Aeroilis, de Florianópolis (SC), está em contagem regressiva para o lançamento de seu novo CD, em produção desde 2008. No próximo dia 30 de abril, o grupo disponibiliza online as faixas do álbum, que poderão ser baixadas gratuitamente. O singleCega Inocência”, liberado já há alguns meses, pode ser conferido no MySpace da banda. Esse será o segundo álbum do Aeroilis, que debutou em 2004 com um CD autointitulado.

Junto com o lançamento, será apresentado também o novo site e retomada a agenda de shows ao vivo, depois de um longo tempo longe dos palcos por conta das gravações do novo trabalho. As primeiras datas já estão confirmadas: dia 15 de maio em Florianópolis, com a participação das bandas Adorelle e Fixar (Joinville), e em 29 de maio, em Caxias do Sul (RS), junto com Os Oitavos.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Em outras palavras... (32)

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By Karapuça (via Pavablog)

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Nilton Câmara: Mãos Que (En)Cantam


O cearense Nilton Câmara, de 28 anos, tem sido referência nacional quando se trata de Língua Brasileira de Sinais (Libras) e, especialmente, no uso da música como ferramenta de inclusão social para os deficientes auditivos. A vocação para esse trabalho excepcional começou há 12 anos, a partir de um grupo de surdos formado numa igreja local. No firme propósito de levar a Palavra de Deus àqueles que não ouviam, rapidamente Nilton tornou-se intérprete de canções em Libras e passou a se dedicar em estudos específicos. Hoje ele é formado em Letras, em Inglês e Espanhol, em Teologia e ainda faz mestrado em Linguística Aplicada. Todo empenho o fizeram reconhecido não apenas no Ceará, mas em todo o Brasil. Palestrante e professor, Nilton ministra oficinas pelo país em diversos eventos de igrejas, governos, entidades filantrópicas e instituições acadêmicas.

O destaque no trabalho de Nilton Câmara é a proposta desafiadora de levar a música ao mundo dos surdos. Através da idealização do projeto Grupo de Dança Surdos Videira, ligado à Comunidade Cristã Videira, de Fortaleza (CE), o autor tem mostrado que, ao contrário do que se poderia pensar, os surdos também podem dançar e cantar. A iniciativa é pioneira no Brasil e procura inserir a música na vida dos deficientes com o uso da linguagem corporal e da língua dos sinais. No repertório das oficinas e eventos, predomina o som de cantores evangélicos de vários ritmos. Nilton já fez inúmeras apresentações ao lado de artistas como Fernanda Brum, Diante do Trono, grupo Voices, André Valadão e Aline Barros. Em 2007, foi lançado o DVD “Nilton Câmara Ao Vivo”, um registro inédito no país com louvores em Libras. Nesse mês sai o segundo DVD, intitulado “Grandes Momentos”, com clipes e documentários, todos em Libras, celebrando 12 anos de carreira do intérprete.

Abaixo, vídeo de matéria feita pela TV Cidade (Fortaleza, CE) sobre o grupo Surdos Videira:



E a seguir, ministração de louvor num culto para surdos em Indaiatuba (SP):



Saiba mais sobre o trabalho de Nilton Câmara neste link.

(Via revista ShowGospel)

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Entrevista: Russell Shedd

Por Carlos Fernandes

Não é muito comum um líder religioso chegar aos 80 anos em plena atividade. Mais raro ainda é ter atravessado todo este tempo mantendo um ministério de visibilidade internacional. Agora, privilégio mesmo é poder ostentar uma reputação inabalada e manter-se como referência de conhecimento bíblico e saber teológico em idade tão avançada. Pois Russell Philip Shedd entrou para o rol dos octogenários em 10 de novembro passado com todas essas características. Missionário de origem americana, ele está radicado no Brasil desde 1962. Neste quase meio século, tem prestado decisiva colaboração à Igreja nacional, seja através de seus livros e trabalhos de cunho teológico, seja com suas pregações, conferências e palestras.

Shedd é um teólogo com grande preparo. Com apenas 20 anos, graduou-se no Wheaton College, nos Estados Unidos. Ali, especializou-se em hebraico e grego – línguas bíblicas cujo conhecimento considera fundamental para uma correta interpretação das Escrituras. Em seguida, tornou-se mestre em teologia e, mais tarde, doutor em filosofia e Novo Testamento pela Universidade de Edimburgo, na Escócia. Mas o saber não fez dele um acadêmico arrogante, desses que enxergam a divindade com a frieza dos livros. “O conhecimento não enfraquece a fé; pelo contrário, auxilia o nosso relacionamento com Deus”, afirma. “E ainda produz muita dependência dele também”. Para manter a comunhão com Deus, a receita desse veterano da fé é simples: “Acordo todo dia antes das cinco da manhã. Assim, é possível dedicar uma hora ou mais à leitura bíblica e à oração.”

Com vinte livros publicados, Russell Shedd é muito conhecido no Brasil como fundador de Edições Vida Nova, casa publicadora especializada em obras teológicas pela qual lançou a Bíblia Vida Nova em 1977, abrindo o mercado para a popularização das versões de estudo das Escrituras Sagradas. Foi também professor na Faculdade Teológica Batista de São Paulo durante 30 anos e pastor da Metropolitan Chapel, congregação fundada por ele na capital paulista, onde vive e permanece ligado à denominação Batista. Missionário jubilado, Shedd tem um padrão de vida simples, razão pela qual não aceita que o líder evangélico ostente riquezas. “Não creio que o ensinamento do Novo Testamento favoreça em algum momento o ato de esbanjar ou gastar somas grandes para provar que Deus nos tem abençoado”, comenta. O “senhor Bíblia” – como muitos o chamam, à sua própria revelia – concedeu esta entrevista a CRISTIANISMO HOJE:

CRISTIANISMO HOJE – O senhor tem um dos mais invejáveis currículos de formação teológica entre os líderes cristãos que atuam no Brasil. É difícil conciliar tanto conhecimento com a simplicidade de um relacionamento com Deus?
RUSSELL SHEDD – Não, não acho difícil. O conhecimento não enfraquece a fé; pelo contrário, auxilia o relacionamento com Deus. E produz muita dependência dele também.

De modo geral, como é o nível do conhecimento do crente brasileiro acerca de Deus e de sua Palavra?
Creio que um problema em diversas igrejas é a falta de ensinamento que explique mais detalhadamente a Bíblia toda. Por exemplo: quantos creem num inferno eterno? E muitos crentes têm uma aversão contra a soberania de Deus, tal como a Palavra ensina.

Em 1962, quando o senhor chegou ao país, o panorama religioso nacional era completamente diferente do de hoje. Faça um paralelo entre a situação espiritual que encontrou naquela época e o que se vê atualmente.
Uma das principais diferenças foi que, naquele início dos anos 1960, as igrejas tradicionais condenavam interpretações e práticas pentecostais, como dons de línguas, profecia e curas miraculosas. Tais manifestações eram consideradas quase como heréticas. Hoje, as igrejas mais tradicionais tendem a condenar a teologia da prosperidade e os ensinamentos dos neopentecostais por falta de base bíblica. Os seminários proliferam, embora o ensino bíblico, em muitos casos, seja bastante superficial. E o interesse em missões continua sendo muito precário.

Então, apesar da haver mais seminários, o panorama do ensino teológico no Brasil não é bom?
Muitas igrejas montaram suas próprias escolas teológicas. Claramente, hoje temos muitas escolas sem professores treinados. O liberalismo teológico tem sido tirado de algumas escolas, enquanto em outras continua sendo uma opção que os alunos não têm habilidade para julgar ou avaliar. A leitura de autores como Tillich e Bultmann pode dar a ideia de que não há muita diferença entre o liberalismo e ortodoxia. Um bom número de autores teológicos modernistas está aí, no mercado editorial. Ao mesmo tempo, há um crescente número de excelentes opções de autores que abraçam firmemente a inspiração plenária das Escrituras e a ortodoxia tradicional.

O reconhecimento dos cursos teológicos evangélicos pelo Ministério da Educação pode ser uma solução?
Não acho que esse reconhecimento seja positivo, uma vez que os professores precisam adquirir graus de mestrado e doutorado, muitas vezes orientados por professores liberais. E a vantagem de fazer um curso reconhecido se perde na medida em que os pastores se tornam mais, digamos, profissionais.

Como um ex-editor, o que o senhor acha do segmento editorial evangélico hoje? A realidade do mercado sufoca a vocação ministerial?
Não há dúvida de que, se não existir um mercado editorial, as editoras não podem sobreviver. Claro, elas também têm de ter um caráter de missão, para poder escolher títulos que o povo precisa ler. É óbvio que há muitos títulos no mercado que acho de pouca importância, mas isso não quer dizer que não haja muitos leitores que buscam informação e encorajamento nesses livros. Existe também uma outra questão. Algumas editoras evangélicas têm receio de publicar livros liberais, que poderiam destruir a fé dos leitores. Mas aquelas que publicam tais livros têm interesse no mercado e no aparecimento de outros autores “famosos”, mesmo que não sejam crentes evangélicos.

A popularização das Bíblias de estudo temáticas – como Bíblia da mulher, Bíblia das profecias, Bíblia dos pequeninos, Bíblia do executivo – tem beneficiado as editoras, que investem cada vez mais em novos lançamentos do gênero. Essa corrida pelo mercado é boa ou ruim?
Não acho ruim, uma vez que qualquer ajuda que o leitor recebe dessas bíblias somente poderia trazer benefícios. Não seria o caso se as notas fossem tendenciosas, oferecendo interpretações falsas.

Na diversidade de versões e edições que hoje existem da Bíblia, qual deve ser o parâmetro de escolha do crente em termos de fidedignidade?
O que importa é que a tradução escolhida não acrescente alguma ideia que o autor do original não tinha. Fidelidade na tradução sempre tem que reproduzir a ideia do original. Ela não pode incluir nem excluir algo que o texto hebraico ou grego diga.

O senhor é o presidente emérito de Edições Vida Nova, casa publicadora que ao longo dos anos tornou-se referência em obras de cunho teológico, e consultor da Shedd Publicações. Num mercado dominado por livros de cunho motivacional, a literatura teológica ainda encontra espaço?
Graças a Deus, sim. As vendas de livros publicados pelas Edições Vida Nova, bem como de Shedd Publicações, têm aumentado ano a ano, juntamente como o crescimento do público evangélico.

O que deve ser feito pelas editoras para que as obras de conhecimento teológico não sejam apenas livros de referência para professores e estudiosos, mas também tenham apelo para o crente comum, o membro de igreja?
Os editores estão de olho naquilo que vende. Eles sempre seguirão o que a pesquisa de mercado indica que será um sucesso. Mas para aproximar as obras teológicas dos leitores comuns será evidentemente necessário tornar esses livros mais populares. Por exemplo, os manuais bíblicos. Hoje existem manuais de todos os níveis.

Em seus livros "O líder que Deus usa" e "A oração e o preparo de líderes cristãos", o senhor enfatiza a necessidade do caráter e do exemplo que o pastor deve dar às suas ovelhas. Qual sua impressão sobre a integridade pastoral hoje?
Infelizmente, temos ouvido sobre casos tristes de quedas de líderes no adultério, no nepotismo e na corrupção. Os pecados que destroem o ministério do líder muitas vezes são esquecidos pelas igrejas, que acham que o pastor é um homem de Deus e não deve ser demitido por um “tropeço”, especialmente se for um líder muito popular. A verdade é que sempre tivemos quedas de líderes durante a história, mas parece que a integridade deles hoje sofre desgaste maior.

Como evitar a excessiva vinculação da congregação a seu dirigente, de modo que a eventual queda do líder não represente um golpe inevitável na comunidade?
A queda de líderes muito proeminentes, isolados e sem o acompanhamento de bons auxiliares, torna-se um desastre para a igreja. Quando presbíteros e diáconos – ou seja, o segundo escalão na liderança da igreja – são muito responsáveis, acompanhando de perto o ministério do dirigente da congregação, é possível, em muitos casos, amenizar os efeitos de uma eventual queda.

Uma das expressões dessa concentração de poder nas mãos dos líderes é o uso de título eclesiais, como o de bispo ou apóstolo. Biblicamente, qual é a legitimação disso?
O ensinamento de nosso Senhor sobre a necessidade de humildade e disposição de servir deve nos advertir sobre o perigo de procurar alguma autoridade que deve ser unicamente de Cristo. Não acho positiva a adoção de títulos que não sejam bíblicos. Bispo é um título bíblico, mas significa apenas “supervisor” e não alguém que domina a vida de outros líderes e pastores. Aliás, o único texto que menciona pastor humano no Novo Testamento é o de Efésios 4.11, onde o grego dá a entender que o pastor deve ser um mestre.
Já a nomenclatura apóstolo, a não ser em raros casos, refere-se às pessoas que Jesus apontou pessoalmente – razão pela qual Paulo argumenta, na sua primeira Epístola aos Coríntios, que viu o Senhor ressurreto e que Cristo apareceu para ele em último lugar. Já Filipenses 2.25 registra o termo “apóstolo” no original, fazendo referência a Epafrodito, que foi autorizado especificamente para levar os donativos da igreja de Filipos a Paulo. Logo, ele foi apóstolo da igreja de Filipos, tal como Barnabé e o próprio Saulo o foram da igreja de Antioquia.

Muitos dirigentes denominacionais justificam a própria opulência argumentando que a prosperidade financeira do líder é sinal da bênção de Deus. Isso tem base bíblica?
Não creio que o ensinamento do Novo Testamento favoreça em algum momento o ato de esbanjar ou gastar somas grandes para provar que Deus nos tem abençoado. Jesus mandou o jovem rico vender o que ele tinha para dar o produto aos pobres. Fica evidente que o Senhor é completamente contrário a que os líderes gastem dinheiro em luxo ou desnecessariamente.

O que faz um líder cair e ficar pelo caminho, transformando seu ministério em motivo de escândalo?
Creio que a falta de cuidado em buscar uma intimidade com Deus todos os dias, evitando a aparência do mal. Acredito que quedas ocorrem quando não achamos possível cair, ou quando ficamos seguros e até orgulhosos de nossa espiritualidade.

Quais têm sido as suas fontes de sustento ao longo desses anos todos?
Nós chegamos de Portugal em 1962, sustentados pela Missão Batista Conservadora. Ao longo desse tempo, igrejas e crentes da América do Norte enviaram suas ofertas missionárias para manter nossa família [Shedd é casado com Patricia e tem cinco filhos]. Hoje, esta entidade chama-se World Venture e continua sustentando missionários em muitos paises do mundo. O nível de sustento é determinado pela missão de acordo com o custo de vida do país no qual o missionário vive. Desde janeiro de 2008, nossos recursos vêm do plano previdenciário Social Security e de uma aposentadoria fornecida pela própria missão. Não temos sofrido nenhuma falta.

Em sua opinião, por que entidades associativas de pastores e líderes, como a Associação Evangélica Brasileira (AEVB), enfrentam problemas de continuidade? Falta interesse dos pastores em participar desses movimentos associativos?
Vários motivos explicam a falta de interesse em entidades associativas. Poucos acham importante, ou de grande benefício, esse tipo de associação. A maioria dos pastores estão tão ocupados com seus programas, planos e ministérios que não acham que vale a pena contribuir e trabalhar para alguma entidade além da própria denominação.

Em quê o conhecimento das línguas bíblicas originais pode ajudar na prática da pregação?
A importância de estudo das línguas originais reside no fato de que através dele se pode explicar melhor o significado que certos termos e frases tinham quando o autor escreveu o texto bíblico. A diferença entre as culturas bíblicas e a cultura ocidental em que vivemos hoje requer bastante cuidado para se entender a visão de mundo e os valores que regeram os escritos bíblicos. Além disso, as línguas originais ajudam chegar a conclusões mais seguras acerca do que dizem as Escrituras. Trabalhar com o texto original leva o pastor a pregar com mais cuidado e a poder afirmar: “Assim diz o Senhor”. Bons comentários também ajudam na tarefa de buscar o sentido do texto.

Essa falta de conhecimento é o motivo de tantas pregações superficiais?
Não é apenas isso. Imagino que os pastores e professores de Escola Bíblica Dominical não têm tempo ou muito interesse em examinar as Escrituras para saber de fato o que o autor queria comunicar. Preferem usar uma hermenêutica que recorre a alegorias sobre o texto bíblico. Assim, é possível dar uma interpretação muito diferente daquela que a Bíblia ensina.

Qual o tempo adequado para o preparo de uma mensagem consistente?
Varia muito. Alguns pregadores podem chegar à proposição, ou seja, ao ensinamento central do texto, com mais facilidade do que outros. Daí, procurar os argumentos dentro do texto que sustentem a proposição demora também. O professor Karl Lachler, que lecionou muitos anos na Faculdade Teológica Batista de São Paulo, dizia que uma hora de estudo por cada minuto de mensagem parece exagerado… Porém, aquele que estuda e medita para chegar ao cerne da mensagem do texto, além de buscar os argumentos dentro do trecho escolhido que comprovem essa proposição, pode gastar bastante tempo. Infelizmente, cuidado no preparo de mensagens que alimentem o rebanho e a realização de visitas para conhecer bem as vidas dos membros e confrontar aqueles que não estão obedecendo às ordens do Senhor têm sido práticas esquecidas em muitas igrejas. Pastores santos, crentes firmes na veracidade da Bíblia, com famílias ajustadas, que buscam ao Senhor com muita oração e fé, produzem igrejas de qualidade.

A Igreja contemporânea está sempre buscando novas formas de crescer, e muitas congregações recorrem a modelos empresariais de gestão e marketing. O que o senhor pensa de incorporação de tais elementos à obra de Deus?
Não tenho nada contra o crescimento das igrejas, desde que ele não ocorra em detrimento da qualidade da formação dos membros na imagem de Cristo, conforme preconiza o texto de Romanos 8.29. Sou muito a favor do crescimento do número dos genuinamente convertidos e nascidos de novo. O problema surge quando, no interesse de aumentar o tamanho da igreja, deixa-se de lado a santificação dos membros. Ora, sem a santificação, conforme Hebreus 12.14, ninguém verá o Senhor! Ocorre que modelos de gestão eclesiástica não têm tido muito sucesso no discipulado e na formação de homens e mulheres de Deus. Uma igreja muito grande pode ter dificuldades em integrar os fiéis num plano de crescimento espiritual verdadeiro. Com o aumento do número dos membros, é muito fácil perder os indivíduos de vista. Além disso, numa igreja grande os crentes muitas vezes não se sentem responsáveis para servir, contribuir, discipular ou alcançar novos convertidos, especialmente se houver na comunidade líderes pagos para cumprir esse papel. Por outro lado, uma igreja grande tem recursos pessoais e financeiros para se comprometer com grandes projetos e muitos ministérios.

Então, qual deve ser o objetivo de uma igreja?
O alvo bíblico descrito em Colossenses 1.28 – proclamação, advertência, ensino com toda sabedoria e entendimento espirituais – é o objetivo que todo pastor e igreja devem considerar como prioridade.

Na sua opinião, a mídia eletrônica é um bom púlpito?
A televisão pode, sim, ser um bom canal para se explicar o Evangelho. Mas ela tem sérias deficiências também: as pessoas não são discipuladas se não se tornam membros ativos da família de Deus. Um compromisso muito sério com uma igreja local que ensine a Palavra de Deus com autoridade é o caminho do discipulado e do crescimento espiritual.

De alto de sua experiência, o que o deixa preocupado em relação ao futuro da Igreja brasileira?
A minha preocupação se concentra na qualidade espiritual da liderança e dos membros das igrejas. É assustador ver a quantidade de divórcios que ocorrem hoje entre casais evangélicos e a falta de integridade por parte dos líderes. Também fico muito preocupado com a proliferação de ensinamentos que não são bíblicos, como a teologia da prosperidade, que nega a necessidade de o crente negar-se a si mesmo, tomar a sua cruz e seguir a Jesus.

Qual a sua compreensão acerca do que seja um avivamento?
O avivamento tem algumas evidências. Uma delas é quando o Senhor e sua Palavra têm mais importância do que o dinheiro ou qualquer outra coisa material. Avivamento cria arrependimento profundo pelos pecados cometidos e muita alegria no Senhor ao reconhecer seu perdão. Para uma Igreja avivada, o evangelismo se torna algo natural e as missões transculturais, uma prioridade, uma vez que Jesus mandou seus servos fazerem discípulos de todas as nações.

Logo, ao contrário do que se diz, a Igreja brasileira hoje não experimenta um avivamento?
Não acredito que o que acontece hoje, com o rápido crescimento da Igreja, seja um avivamento de verdade. O que eu vejo é que falta temor do Senhor, arrependimento profundo e interesse por missões.

O senhor é filho de missionários americanos que aqui chegaram na primeira metade do século passado, época em que obreiros estrangeiros tinham grande influência no Brasil. Hoje em dia, sendo o país uma potência evangélica, ainda há espaço para eles?
De fato, a influência de missionários estrangeiros aqui é cada vez menor. Mas ainda há áreas em que obreiros vindos de fora poderiam ser úteis, como no preparo para as missões transculturais. O treinamento em determinadas áreas, como antropologia, linguística e informação acerca de povos não alcançados continua sendo uma área em que os missionários estrangeiros podem ser muito úteis à Igreja brasileira.

Pode-se dizer que já existe uma teologia genuinamente nacional?
Creio que teologia nacional, brasileira, seria aquela alicerçada em nossa história e cultura. Não acho que poderia encontrar uma visão como essa bem divulgada no Brasil. Ainda há muita dependência dos livros estrangeiros e de modelos de igrejas que tendem a copiar o que se faz em outros países.

Do que o senhor sente falta na Igreja de hoje e que já viu em outros tempos?
De um lado, mais ensino da Palavra, mais preocupação com santificação e mais investimento em missões transculturais. De outro, uma Escola Dominical mais forte, uma hinologia alicerçada na teologia bíblica e mais livros de ensino sério.

(Publicado originalmente em Cristianismo Hoje)

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Abril 2010: lançamentos internacionais

Dia 06:
The Classic Crime – “Vagabonds” – Tooth and Nail/EMICMG
Karen Clark Sheard – “All In One” – KRW/EMICMG
Secret & Whisper – “Teenage Fantasy” – Tooth and Nail/EMICMG
Emery – “Are You Listening?” – Tooth and Nail/EMICMG
Chonda Pierce – “Did I Say That Out Loud?” – No Whining Productions/Provident
Vicky Beeching – “Eternity Invades” – Integrity Music/Provident
Dave Barnes – “What You Want, What You Get” – Razor & Tie
Smokie Norful – “Smokie Norful Presents Victory Cathedral Choir” – TreMyles Music
Various – “Christian Radio #1 Hits” – Starsong
Various – “One Voice” – EMI Gospel
Various – “X 2010” – BEC Recordings/EMICMG

Dia 13:
Deluge – “Unshakable” – Integrity/Provident
Jonathan Lee – “Let Them Hear” – 1CN Records/Provident
Letter To The Exiles – “The Shadow Line” – Facedown
War Of Ages – “Eternal” – Facedown

Dia 20:
Superchic[k] – “Reinvention” – InPop Records/EMICMG
Relient K – “The First Three Gears” – Gotee/Word
Eoghan Heaslip – “Introducing Eoghan Heaslip” – Kingsway/EMICMG
Sixteen Cities – “Sixteen Cities” – Centricity Records/EMICMG
Ember – “Embrace” – Vertical Shift Records/EMICMG
Write This Down – “Write This Down” – Tooth & Nail/EMICMG
Sent By Ravens – “Our Graceful Words” – Tooth & Nail/EMICMG
Jaymes Reunion – “Everything You've Been Looking For” - BEC Recordings/EMICMG
Matt Redman – “Ultimate Collection” – Kingsway/EMICMG
Miriam Webster – “Made Me Glad” – Kingsway/EMICMG (Saiba mais)
Debra Ashley – “New Birth” – Universal Music/EMICMG
Melodie Joy – “The Life, The Journey, The Voice” – Universal Music/EMICMG
Worship Central – “Lifting High” – Kingsway/EMICMG
Hovie Lister & Statesman Quartet – “Hovie Lister and The Statesman” – Universal Music/EMICMG
Number One Gun – “To The Secrets And Knowledge” (re-release) – “Tooth And Nail
The Blackwood Brothers – “The Blackwood Brothers” – Universal Music/EMICMG
Various – “Best Hymns Album In The World… Ever” – Kingsway
Various – “I Believe” – Starsong
Various – “Women Of Faith Worship” – Thomas Nelson

Dia 27:
Carlos Whittaker – “Ragamuffin Soul” – Integrity Music/Provident
Kevin Max – “Cotes d'Armor” – dPulse (Saiba mais)
Various – “iShine Allstarz 2010” – Bemamedia

(Compilado de Jesus Freak Hideout e New Release Tuesday)

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