quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Entrevista: Rodolfo Abrantes



A entrevista que segue abaixo é uma transcrição do áudio do programa dotCast 43, da equipe do site dotGospel. Faça o download ou ouça o arquivo online neste link. O Amplificador recomenda. Na entrevista concedida a Rafael “Pepe”, o cantor Rodolfo Abrantes comentou sobre as circunstâncias do rompimento com o Raimundos, os motivos da formação fracassada do Rodox e a reviravolta na vida e na música a partir da carreira solo. Rodolfo tocou em temas polêmicos, como a prática do “jabá” nas rádios, a incompreensão do público pela saída do Raimundos, os momentos finais na banda e a questão da fama para os artistas cristãos. A conversa tem um caráter definitivo e coloca no chão qualquer dúvida dos fãs que ainda resta sobre a conversão e a trajetória musical de Rodolfo Abrantes. Entre muitos esclarecimentos e revelações, ele anuncia para breve o lançamento de um CD gravado ao vivo, com músicas compiladas dos dois últimos álbuns, e ainda, para mais adiante, um disco de inéditas, já em trabalho de pré-produção. Boa leitura!

dotCast: O que que você acha da fama, se vale a pena, quais as coisas boas da fama, as coisas ruins? E pensando, talvez, até no cristão mesmo, o cristão que hoje pode ser um cara que está buscando ser conhecido e reconhecido pelo trabalho dele e tudo mais. O que você acha de tudo isso?
Rodolfo Abrantes: Todo músico, toda pessoa que grava um CD, quer que seu trabalho alcance o maior número de pessoas. Se você ter feito dentro de um quarto de uma casa pode alcançar o mundo inteiro. Se ter feito no melhor estúdio do mundo pode não alcançar ninguém. Quem grava um CD e tem seu material quer que seu trabalho seja divulgado e quando acontece de um grande número de pessoas gostar do teu trabalho a coisa meio que mistura. Tipo, porque perde-se o foco. Você olha para a pessoa que fez e não para o trabalho. “Bom, eu gosto é dele, não do trabalho dele”. E, cara, o ser humano não foi feito para ser adorado. A gente não foi feito para ser adorado, a gente foi feito para adorar. A gente não tem estrutura para receber adoração. A gente não tem estrutura. É simplesmente uma coisa completamente fora do propósito, fora da ordem e totalmente abominável a Deus quando qualquer coisa é adorada na frente dele. O que o artista acaba recebendo é louvor, é adoração. As pessoas gritam “eu vim aqui só pra te ver”. Gritando seu nome, você mexe a mão para um lado e todo mundo mexe, mexe para o outro, todo mundo mexe. As pessoas usam camisas com o seu rosto. Fazem tatuagem com o símbolo da tua banda. Isso tudo é adoração e a gente não foi feito para se adorado. Então, tem algo recebendo essa adoração e não é do bem não.
Então, gera um peso muito grande que o ser humano não consegue comportar. Isso gera um peso. É uma coisa difícil de carregar. Você tem que virar outra coisa, porque você simples, do jeito que você nasceu, você não comporta. Então, você assume... uma máscara, exatamente, e passa a viver sua vida baseado numa mentira porque você não foi feito para aquilo. Na realidade é uma grande de uma ilusão esse negócio de ser famoso. As pessoas hoje em dia têm essa cultura de ser famoso. Aquele Zina [Marcos da Silva Herédia, comediante do programa Pânico na TV] lá... Só porque o cara fala “Ronaldo”, o cara ficou famoso. Tipo, meu Deus, eu sei falar “Ronaldo”! Qualquer criança que aprende a falar, pode falar “Ronaldo”. E o cara falou “Ronaldo” e ficou famoso. A galera vai para o Big Brother, fica famoso, vira celebridade. “Ó, celebridade!”. Celebridade por quê? Simplesmente porque apareceu, porque foi visto. E é uma loucura tão grande por aparecer que basta ser visto para ficar famoso. São artistas que não fazem arte. Tipo, é uma coisa louca pra caramba. Eu acho muito perigoso. Eu acho, cara, que o foco da minha vida hoje é cantar para Jesus. E se minha música for conhecida é para que as pessoas conheçam Jesus. Se alcançar o maior número de lares é para que as pessoas conheçam Jesus. Se as pessoas forem nas nossas ministrações e em alguns shows, que elas cheguem lá, mas que elas encontrem Jesus. O alvo é fazer Ele famoso, é fazer Ele grande, é fazer com que Ele seja reconhecido. Porque assim você não fica pesado, você fica leve. Você está cumprindo o seu papel: fazer Ele ser adorado.

dotCast: Como é que era no Raimundos assim, por exemplo, gravadora? Tinha muito rolo de gravadora, por exemplo, com rádios? A galera pergunta muito sobre isso, sabe, “jabá” e sacanagens que os caras faziam. Tinha muito dessas coisas?
Rodolfo: Claro, tudo é política, claro que tem. Toda rádio só toca se a gravadora paga. Não tem essa “Ah, eu vou tocar porque você é bonitinho”. Não é. Você paga, a rádio estoura a tua música e, se está estourado numa rádio, a outra tem que tocar também para não ficar para trás. Aí, pronto, aí você está tocando em todas as rádios.

dotCast: Agora, mesmo depois de, por exemplo, como o Raimundos. Depois de um tempo o Raimundos começou a ter uma fama, certo? Mesmo assim a banda precisava ter...
Rodolfo: Tem, é o esquema. Rádio vive disso.

dotCast: Mesmo banda famosa não escapa do esquema?
Rodolfo: Claro, claro. Não, não escapa. Já tem a verba de divulgação. A gravadora já tem essa verba de divulgação que é para pagar para sair nos programas, pagar para as músicas tocar nas rádios, quantas execuções por dia...

dotCast: Porque, às vezes, a banda tem aquela ilusão de ir para a gravadora. Mas, na verdade, é só o seguinte, ele só não vai ser o intermediário da sacanagem que vão fazer com a rádio, não é?
Rodolfo: É, às vezes não fica nem sabendo. Mas, meu, é a real. Não é que a rádio toca o que você quer ouvir. Você ouve o que a rádio quer que você ouça. E pronto.

dotCast: Ninguém pede, tipo assim, esse negócio de pedir música, pede o que já está tocando, não é?
Rodolfo: É porque já está tocando. “Ah, toca ela de novo”, aí vira a mais pedida porque já tocou tanto... É repetição.

dotCast: A relação da banda Raimundos. A relação de vocês era boa, assim como banda, ou não? Ou vocês não tinham uma relação de amizade muito legal...
Rodolfo: Cara, a banda nasceu debaixo de amizade mesmo. A gente era amigos comuns e montamos a banda. Depois do primeiro CD as coisas começaram a mudar um pouco. Continuamos amigos, mas entra dinheiro, entra ciúmes, entre um aparecendo mais que o outro, e o outro quer aparecer mais e aí gera vaidade. E isso vai minando a amizade, vai minando. Até que, na época que saí da banda, a gente só se via no show, só se via na hora de tocar. Não que a gente se odiasse, nada disso. Na nossa cabeça éramos amigos, mas não tínhamos mais relacionamento.

dotCast: Era meio profissional, mesmo?
Rodolfo: Exato. Nêgo casou e cada um foi para o seu lado. E aquele negócio...

dotCast: E o que você acha pior, assim, Rodolfo, nessa parada de fama, na questão de “a banda está crescendo e tal”. É mais a vaidade, é mais as drogas?
Rodolfo: Tudo é vaidade. Tudo é vaidade. A vaidade está ali. É um poço de vaidade.

dotCast: Hoje você ainda conversa com os caras do Raimundos? Você tem alguma relação?
Rodolfo: Não, não tenho.

dotCast: Por exemplo, o “Canisso” [José Henrique Campos Pereira, baixista da formação original do Raimundos] foi até uma parte do Rodox...
Rodolfo: Exatamente. Mas ele não gosta muito de telefone. E eu também não, daí fica fogo. Mas eu gosto muito dele.

dotCast: Mas é um cara que, se você encontrar, troca uma ideia normal?
Rodolfo: Tranquilo, tranquilo.

dotCast: Mas, e com os outros cara?
Rodolfo:
Cara, eles assumiram que eu era inimigo deles quando eu saí da banda e ficou assim.

dotCast: Porque eles, na verdade, não compreenderam essa ideia de que, tipo...
Rodolfo: Não, não compreenderam. Deu prejuízo, não é, cara.

dotCast: Agora, outra coisa, como é que foi, porque, por exemplo, quando você passou a conhecer a Cristo, você continuou um tempo ainda no Raimundos?
Rodolfo: Sim, uns cinco meses.

dotCast: Como é que foram esses meses. Porque, eu penso assim, o desafio que deve ter sido para você... Você já estava vivendo outros valores. Você tinha, às vezes, que cantar umas músicas que você sabia que já não tinha mais nada a ver. Como é que era isso para você?
Rodolfo: Torturante, era torturante. E a medida que a gente ia crescendo com Deus, isso se tornava mais torturante ainda. Ao ponto de, a turnê acabou, eu falei: Cara, não agüento mais, vou sair. Não quero mais um ano disso, mais uma vida disso. Gravar outro CD? O que que eu vou compor? A respeito do quê? Porque, até então, eu estava cantando coisas que eu tinha composto quando eu ainda não conhecia Jesus. E, a partir de agora, eu ia cantar o quê? Como que eu iria manter aquele personagem? Não tinha mais condição. É o problema da criação, não é? E decidir sair fora, tipo assim, parecia coisa de louco, mas foi questão de sobrevivência.

dotCast: Então, na verdade, você só cumpriu a última turnê, que já estava em andamento, e saiu fora?
Rodolfo: Foi. Eu fui tocando e quando chegou o último fim de semana foi ali que eu decidi mesmo. Parecia uma coisa impulsiva, mas, na época, era o que eu tinha que fazer.

dotCast: Aí nós vamos para uma fase, cara, que é uma parte bem louca, que é o Rodox. Eu já ouvi várias entrevistas de você falando sobre isso e muita gente, às vezes, nem entendeu direito o que que o Rodox era para ser e tudo o mais. Mas, cara, o Rodox foi uma parada muito louca, não é? [...] A gente vê duas coisas no Rodox. A gente vê uma ideia muito fantástica, tipo, você poder tocar para pessoas que não são cristãs, e tal, mas tinha outra coisa também, que você era o único ali que estava a fim, não é? De fazer isso, por exemplo, essa parada de cantar para as pessoas e tal. Os outros estavam ali por serem músicos, por gostarem, não é isso? É mais ou menos isso aí?
Rodolfo: Já estava ali, meu. O negócio... Estava todo mundo falando o meu nome. Era uma parada que já estava exposta simplesmente por existir.

dotCast: Mas os outros músicos não tinham, assim...
Rodolfo:
Não tinham nada com Deus, não tinham compromisso algum.

dotCast: E não tinham essa ideia, não é, de “vamos passar uma mensagem bacana”?
Rodolfo: Estavam lá fazendo show. E era isso.

dotCast: Assim, o pessoal ainda até hoje não entende muito bem por que o Rodox acabou, por que que não, mas, assim, um dos pontos seriam mais ou menos isso, da questão de divergência de pensamentos dos próprios integrantes, não?
Rodolfo: Sem dúvida. A resposta mais prática poderia ser essa. No começo eu montei a banda, Rodox era um apelido que eu tinha, era meu contrato com a gravadora. Eu chamei os caras para tocar comigo e acabei dividindo tudo, assim tipo, nós somos uma banda e todos tem voz ativa. Foi o maior erro que eu fiz na minha vida, porque, ok, “então, nós começamos a decidir também”. No começo respeitavam a parada, mas o respeito foi indo embora. Nem sei se era respeito, no começo eles fingiam legal, assim, que respeitavam. Depois o respeito acabou completamente ao ponto de, meu, no fim quando eu terminei o Rodox era porque estava insustentável. Um nível de bagunça incrível, de falar “meu, não tem como, não dá”. E foi uma questão de sobrevivência.
O Rodox, na minha opinião, cara, foi algo que Deus acabou usando por misericórdia, por misericórdia mesmo. Porque existem duas coisas diferentes que é a minha vontade em Deus e a vontade de Deus em mim. O Rodox era a minha vontade em Deu, era o que eu queria fazer, não foi o que Deus me mandou fazer, era o que eu queria fazer. E eu era um cristão muito imaturo ainda. Sete meses de convertido, oito meses quando eu montei o Rodox. Não tinha um pastor sobre a minha vida, eu ia em cinco igrejas diferentes ao mesmo tempo. Não tinha ninguém me aconselhando, eu estava em transformação. E o Rodox surgiu num turbilhão emocional muito forte, porque foi quando eu saí da banda e, meu, eu tive que encarar a rejeição de uma maneira que eu nunca tinha encarado. A rejeição da minha família, a rejeição dos meus amigos, a rejeição dos companheiros da banda, rejeição dos fãs, rejeição das rádios, da MTV, rejeição de todo mundo, tudo me rejeitava. Tipo, eu era um palhaço, eu era o cara que abandonou a banda, eu era o traidor, eu era, meu, eu fui infiel com o rock, fui infiel com a banda, fui um moleque. Então era assim, virou espetáculo... O que acontece, meu, eu queria desabafar, cara. Então, assim, eu queria adorar a Deus, mas eu queria desabafar. E as músicas do Rodox têm muita mistura e eu não consigo ouvir uma. Nenhuma. Porque eu estava em transformação, meu coração não estava puro para adorar a Deus. Na mesma música que tem “glória a Deus”, tem eu querendo mandar recado para alguém. No mesmo disco que tem “Cego de Jericó”, tem “Horário Nobre”, eu querendo matar a televisão e toda a mídia. Tipo, como é que... Essa agressividade não tem nada a ver com Deus, essa mágoa, essa falta de perdão. Não tem nada a ver com Deus. E aquilo começou a me castigar. O processo de transformação na minha vida continuou. E é louco porque eu identificava coisas dentro do Rodox que eram amargura pura. E eu estava cantando essa amargura. E não tinha como me livrar dessa amargura enquanto eu continuasse profetizando isso para a minha vida através de música.
E, meu, chegou um tempo de quando cancelava um show do Rodox, para mim era motivo de muita alegria, porque eu não precisava nem viajar. Tipo, eu estava começando a ter o mesmo sentimento que eu tinha com o Raimundos, só que num tempo muito mais curto de existência. Então aquilo começou a ser um sinal. Era uma coisa complicada. O Rodox era uma banda muito indefinida: era muito do mundo para a galera da igreja e muito da igreja para a galera do mundo. No começo, ninguém ia nos shows, os shows eram vazios, era prejuízo, era show sendo cancelado por que vendeu 100 ingressos. Era, meu, era humilhante. Chegava a ser humilhante. A gente tocou em Porto Alegre [RS], num lugar chamado Bar Opinião, que é um reduto da música em Porto Alegre, já cheguei a fazer três dias de SoulOut (?) com o Raimundos lá, e fomos tocar o Rodox, cara, eu me lembro que o cachê foi 19 reais para cada um. Sabe você receber uma nota de 20 e dar uma de troco? Isso o cachê. Então, assim, era uma situação que, cara, era doído. Você está investindo e ninguém entendeu, ninguém gostou. Mas isso era uma coisa muito, tipo assim, era a aversão ao posicionamento que eu tinha tomado. Quando o Rodox saiu da [gravadora] Warner, porque fomos mandados embora da gravadora porque veio a crise no mercado fonográfico, e a Warner Internacional mandou a Warner Brasil cortar a metade do cast. E a metade que foi cortada foi a metade que vendia menos. Estavam o Raimundo incluído e o Rodox também. Foi quando a gente ficou sem gravadora. Nessa época, a galera underground começou a valorizar mais, porque agora era uma banda independente. Os shows começaram a encher, a galera começou a cantar as músicas. Já tinham passado dois ou três anos, e a galera passou a entender o que era a pegada do Rodox, e tudo. Mas nesse tempo, eu ainda estava sendo transformado. E três anos de transformação ali dentro, meu, me fizeram desejar a vontade de Deus na minha vida, e não a minha vontade.
E, cara, quando eu terminei com o Rodox, eu orei ao Senhor e falei: “Pai, eu não quero dar mais um passo ser receber a tua direção primeiro”. E foi aí que o trabalho do Bola de Neve começou em Balneário Camboriú [SC]. O pastor me pediu para mim ajudar lá no louvor. Eu vi uma igreja nascendo e foi aí um tempo que eu aprendi a servir, aprendi a ser servo. Fui lixado, o músico teve que morrer, artista teve que morrer. E foi um período que aí eu comece a fazer novas composições e aí até que pintou o [álbum] “Santidade ao Senhor”, que foi um negócio completamente estranho para mim, porque tinham estilos dentro das músicas que não tinham nada a ver como que eu tinha feito no passado. Tinha música que parecia blues, tinha música que parecia folk, tinha música que parecia sei lá o quê, música meio reggae. Tipo, eu nunca tinha feito isso na vida. Era estranho para mim. Assim, para mim, eu estava respeitando ao veículo que a mensagem pedia. Sabe é, tipo assim, eu creio que existem mensagens que querem ser gritadas, e aí você vai... A mensagem que estava vindo para mim agora não era mais isso. Simplesmente respeitei a música que seria simplesmente o veículo para esta mensagem ir adiante. E, cara, o sinal disso é que o Espírito me deu paz, alegria. Eu toco as mesmas músicas até hoje, amo ficar tocando horas seguidas e, meu, não tenho problemas com isso. Acabo só usando a estrutura das músicas para adorar a Deus, não fico me prendendo muito a começo, meio e fim, para ter a liberdade de adorar a Deus no meio disso. E, cara, tem me feito muito bem.

dotCast: Você passou uma mensagem no passado e hoje você vem carregando outra mensagem. Qual mensagem hoje que você acha, assim, que você gostaria de passar para os jovens? Até a galera que curtia Raimundos, e tem gente que até está hoje no teu pé ainda... Mas qual a mensagem que você gostaria de passar para a galera hoje. Qual a mensagem do Rodolfo Abrantes hoje para o mundo, vamos dizer?
Rodolfo: Cara, o mundo tem solução e a solução é Deus, é o governo de Deus, é o reino de Deus. A desordem é o governo dos homens. A ordem é o governo de Deus. Olhem para Jesus, façam dEle o centro de sua vida e, meu, a sua vida depende disso. Não interessa você ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma, cara, não interessa se viveu uma vaidade aqui nessa vida. O tempo passou e não volta.

dotCast: Você acha que, por exemplo, um projeto que nem Rodox, mas feito de forma assim, toda a galera no mesmo propósito, você acha que daria certo ou não?
Rodolfo: Se fosse a vontade de Deus, claro.

dotCast: [...] Eu vejo uma galera nascendo nisso também. Vários cristãos que estão querendo fazer a diferença no meio secular também. E qual que seria o seu recado para essa galera que está querendo fazer isso aí e tal, você que já teve nesse meio aí, anos e anos e anos, qual seria suas dicas?
Rodolfo: Cara, Deus nunca vai jogar você no meio dos lobos se você não for uma ovelha. Ele disse: “Eu vos envio como ovelhas no meio de lobos”. Mas a ovelha ela é protegida pelo pastor, a ovelha sabe quem ela é, e a ovelha conhece a voz do pastor. A ovelha ouve a voz do pastor e a ovelha obedece a voz do pastor. Deus não vai desejar que você esteja lá antes que você esteja pronto para estar. Porque se você for para lá e tudo que você ver e estiver ao seu redor te servir de uma pedra de tropeço, é uma roubada. Eu creio que Deus, Ele tem planos para cada um, cara, e eu não estou aqui para julgar ninguém. Na boa, a Baby do Brasil aparece cantando em cima de um trio elétrico lá no carnaval da Bahia. Todo mundo fala mal dela, mas é o chamado de Deus para a vida dela, ela foi chamada para isso. Ela chega no Jô Soares, fala dois blocos seguidos e ninguém manda ela parar. Ela tem entrada, é o ministério dela, eu não estou aqui para julgar. Se foi Deus quem mandou, quem sou eu para me opor ao que Deus está fazendo.
Para essa galera que quer fazer, estar lá, e fazer essa diferença, você vai precisar ser muito mais crente do que um cara que só toca na igreja. Sem dúvida, na igreja é fácil ser crente. Você vai ter que ser muito mais santo, vai ter que ser muito mais posicionado, muito mais convicto. O perigoso disso é que a maioria das pessoas que quer estar lá é porque ainda não está pronto. Está louco é para voltar. Está louco para experimentar a coisinha lá do mundo, mas com a desculpa de que foi evangelizar. E, na verdade, só quer ficar famoso. De repente, daqui a pouco está pegando mulher, daqui a pouco está doidão de novo. Caiu e só está cantando uma música religiosa que não tem poder, não tem verdade, não tem amor e não faz nada, só soa bobo. Música religiosa sem espírito, soa bobo.

dotCast: Você falou uma parada interessante. Eu estava vendo ontem vocês tocando e, na última música, o batera ficou em pé tocando a bateria e tal [...].
Rodolfo: A verdade, cara, é a verdade de Deus. A verdade liberta. A verdade liberta, a Bíblia diz isso. E tem que viver e ser fiel com a verdade de Deus na sua vida. Eu estou muito confortável hoje, muito em paz, com a direção que Deus tem dado para essa parte da minha vida, que é a música. Uma parte, não é a minha vida; minha vida é Jesus. É uma parte da minha vida. Porque eu não preciso parecer mais nada, não tenho mais o peso de ter que parecer alguma coisa, para incrementar e ser uma cereja do bolo, não precisa. Se eu estou aqui para sumir, quanto menos eu for, melhor. Me sinto bem em passar tempo falando de Jesus e cantando para Ele. E se você não quer sair daquele lugar é porque aquele lugar está bom. Então, eu observo os sinais, porque Deus vai manifestar, vai botar sinais no meu caminho para me mostrar o caminho que eu devo seguir. E os frutos, eles virão por permanecer nessa verdade. Jesus disse, quando Ele fala da parábola, quando Ele da videira, que Ele é a videira e nós somos os ramos, Ele fala “permanecei” em várias vezes. E quando Ele repete muito uma coisa, presta atenção, porque talvez Ele queira dizer algo. Os frutos eles não vem pelo teu esforço, eles vem pelo permanecer, eles vem naturalmente. Então, enquanto eu permanecer, Deus vai estar fazendo o resto. O fruto vem dEle, não sou eu. Eu só tenho que estar no lugar certo, na hora certa, fazendo a coisa certa.

dotCast: E, por exemplo, e caminhar com Deus, Rodolfo, que nem você está hoje, buscando cada vez mais e tal, não é um caminho fácil, não é cara? Porque, por exemplo, você hoje sofre até hoje, galera que (você deve sofrer isso direto), galera que vai no teu show, que era do Raimundos e não concorda com você, e fica falando besteira, não é?
Rodolfo: Cara, acontece, mas não é que eu sofra com isso não. Não sofro nem um pouco. Ontem mesmo tinha um gurizão lá com a tatuagem do Raimundos no peito e estava na frente do palco. E, meu, e fumando sem parar e soprando a fumaça na minha cara. Não me incomodou nenhum pouco, cara. Eu estava glorificando a Deus por aquele cara esta ali. Tinha uma galera mais underground lá no fundo, levantando umas garrafas de cachaça, falando um monte de besteiras. No final eles vieram ali tirar foto. Até a galera veio falar: “Meu, cuidado, esses caras eu acho que... vai dar problema”. Cara, eu abracei os cinco, uns cinco ou seis, assim, e vamos tirar uma foto aqui. Um até me beijou na cabeça, tipo, meu, glória a Deus, a gente foi para a praça para esses caras, a gente foi para eles chegarem. Eu quero que essas pessoas possam ter a oportunidade, aí a escolha é deles.

dotCast: Porque a gente fala tanto de amor, não é Rodolfo, se a gente não praticar isso, não é, cara...
Rodolfo:
Então é morto. A minha fé é morta.

dotCast: E, só falando assim, para fechar um pouquinho do futuro de Rodolfo, teve aquele burburinho agora há pouco, que falaram que você ia voltar para o Raimundos, mas que, assim, só para o pessoal ficar tranqüilo, que não vai rolar isso aí, não é?
Rodolfo: Não existe isso. Não existe. Não tem a menor chance. Mais fácil eu voltar para a barriga da minha mãe, do que... Não tem, não tem a menor chance, não existe a menor possibilidade. Não tem dinheiro nesse mundo, cara, que me compre e que seja mais alto que o valor do sangue de Jesus pela minha vida. Não tem, não existe. Internet é o melhor lugar para um mentiroso se manifestar, cara. Ninguém mostra a cara, fala um monte de besteira, todo mundo acredita e começam a comentar, o negócio espalha e estão achando que aquilo é verdade. É engraçado como a mentira, quando ele espalha, ela parece mais verdadeira que a verdade. “Não, mas disseram que você vai voltar para o Raimundos!”. Cara, eu estou dizendo que não vou, o que interessa que disseram?

dotCast: Direto da fonte, não é?
Rodolfo: Tipo, meu, é uma coisa louca. Eu nem mexo com isso. Na real, não tenho Orkut, não tenho Twitter, não gosto de nada disso. Tem uns retardados que dizem que sou eu no Orkut, tem um Rodolfo lá, botam foto e tudo. Vai arrumar o que fazer, vai estudar matemática, vai fazer um curso de inglês, sei lá, cara. Não gosto disso, sabe por que, porque eu prefiro contato, tipo, estou aqui. “Ah, eu te mandei um e-mail para você me ligar”, porque você não me ligou de uma vez, cara? Sabe, é um vício. É a novidade desse tempo. E é uma mentira, não é? Porque você não vê ninguém colocar uma foto no Orkut do dia que ele está triste, você não vê o cara num lugar, tipo, na maior roubada, tipo, aquela cara... Não, está sempre na praia, com “oclão”, tipo, “olha como eu sou perfeito, olha como eu sou lindo, olha como a vida é boa, eu quero ser famoso também”. Sabe, tipo, é uma droga isso, não estou nem aí para esse treco, não.

dotCast: Rodolfo, por exemplo, agora, no futuro, lógico que você está aí no que Deus te falar, na direção dEle, mas você pensa em algo do tipo, que nem Rodox, cantar para a galera secular e tal, ou não? Você hoje está mais voltado mesmo para a questão de igrejas, louvor e tal?
Rodolfo: A Bíblia diz para a gente desenvolver com temor e tremor a nossa salvação, cara. Então, assim, eu não vou botar minha salvação em risco não. Como eu preguei hoje aí de manhã, eu creio na medida que Deus tem para mim e Ele me quer separado. Foi dali que Ele me tirou, cara. Me tirou dali, se Ele me tirou porque que eu vou me por de volta? Não vou, na boa. Já tive uma experiência de fazer do meu jeito e não foi, não prosperou, porque eu fui na minha força, e minha força é uma merreca. Sabe, a minha vida com Deus hoje, hoje eu viajo muito mais do que na época com o Raimundos, para você ter um ideia. Estou muito mais fora de casa do que estava na época do Raimundos. Tenho prazer em tocar coisa que eu não tinha, sabe. Tenho composto, coisa que eu não fazia – a gente fazia as músicas e na hora de gravar eu inventava um monte de porcaria que rimasse e a galera cantava amarradão, dizendo: “Olha que grande letra!”.

dotCast: Não tinha nada a ver, não é? Tudo na hora!
Rodolfo: Nada a ver. Tipo, tudo melhorou, então eu não tenho porque negligenciar esses sinais e sair querendo inventar moda. “Não, vou voltar. Tive uma grande ideia”. Poxa, Deus teve a grande ideia para a minha vida. Ele teve o grande plano. Tudo que eu tenho que fazer para ser feliz é seguir esse plano dEle, se Ele me quer aqui, é aqui que eu vou estar.

dotCast: Rodolfo, valeu aí pela sua entrevista. O dotCast agradece muito sua presença e, se você quiser falar alguma coisas aí sobre seus CDs, alguma coisa para a galera, sites, ou quer dar alguma informação e dar sua despedida, fique à vontade.
Rodolfo: O nosso site está fora do ar. A gente está fazendo outro, mas tem uma página no MySpace, que tem as músicas lá e eu acho que é a coisa mais atualizada que a gente tem, essa página no MySpace [http://www.myspace.com/rodolfoabrantes]. Os CDs que a gente tem são o “Santidade ao Senhor” e o “Enquanto é Dia”. E está saindo um CD ao vivo agora, foi gravado em 2007, mas só agora que está saindo, que é uma compilação desses dois CDs. Talvez saia um DVD também do mesmo show, a gente não sabe ainda se vai lançar, mas o CD ao vivo está saindo, está indo para a fábrica agora. E ano que vem vai estar vindo um CD aí de inéditas, que já está em pré-produção, já tem 70% do material pronto, e a gente só está esperando o tempo certo de botar isso aí na rua.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Em outras palavras... (26)

Error:

(By Humorarte)

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Vídeo: O natal em cordel

E se a história do nascimento de Jesus fosse contada ao estilo da literatura de cordel. Pois então confira este vídeo. O resultado ficou excelente:


O Nascimento de Jesus - Um Cordel sobre o Natal
Textos: Euriano Sales
Ilustrações: Meg Banhos
Locução e Edição: Euriano Sales
Trilha: Sa Grama

::: Feliz Natal aos leitores do Amplificador :::

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Paixão, Fogo e Briga: músicos de David Quinlan deixam ministério para atuarem em banda própria


A saída não foi amistosa e ainda carece de esclarecimentos, mas o fato é que o guitarrista Roger Franco, o baterista Samuel de Oliveira, o tecladista Dan Marinho e o baixista André D’Ávila não fazem mais parte do ministério Paixão, Fogo e Glória (PFG), liderado por David Quinlan. Os músicos formaram uma banda em paralelo, sem o consentimento do cantor, e pretendem seguir carreira própria. Em tom de decepção e tristeza, Quinlan escreveu em seu blog todas as circunstâncias do rompimento e agora busca novos músicos para recompor a banda. Por enquanto, o PFG cumpre a agenda de eventos com uma formação alternativa até que a situação seja resolvida.

Há cerca de um ano, os quatro músicos planejavam, paralelamente ao trabalho com o PFG e sem o conhecimento de David Quinlan, a formação de uma nova banda voltada à execução de um rock mais pesado. O grupo só precisava de um vocalista para fechar a equipe. Eliah Oliver, ex-integrante da Khorus, foi convidado para assumir o posto. Com isso, surgia oficialmente a banda Freedom, que já tem site (em construção), comunidade no Orkut e planos para o primeiro CD.

Quinlan comentou em seu extenso post que ficou surpreendido ao tomar conhecimento da “nova” banda através da internet, alguns meses atrás. O texto de apresentação do grupo deixou o líder ainda mais chocado: “Os ex-integrantes do PFG deixaram o ministério apoiados pelo próprio Pr. David Quinlan, que os abençoou e apoiou na nova fase”. Ele convocou os músicos para esclarecer a história e confirmou a intenção deles em formar uma banda de rock. Quinlan deu um ultimato para o grupo: ou o trabalho com o ministério PFG ou a banda Freedom. Conforme explicou, uma banda paralela às atividades do PFG seria incompatível, e os músicos teriam de escolher o futuro a seguir. Após um tempo de reflexão, a escolha dos instrumentistas foi a de dar continuidade ao que já tinham começado: o projeto Freedom.

O que poderia ter um final feliz, acabou da pior maneira. Os músicos condicionaram a saída do ministério à exigência de demissão, pois queriam receber todos os direitos trabalhistas legais. Quinlan não admitiu o acordo porque não havia nenhum interesse em demiti-los e, afinal, a decisão de abandonar o PFG era deles. Assim, foi criado um entrave no relacionamento que acabou por desmantelar os integrantes do PFG. Segundo denuncia Quinlan, um advogado dos quatro músicos está requerendo do ministério direitos salariais e altos valores a título de indenização. Roger Franco, guitarrista, disse em nota que não há qualquer processo movido por eles contra David Quinlan. Por parte do PFG, um advogado já foi acionado para orientar as ações do líder do ministério. Mesmo que ainda não haja um processo formal aberto, a confusão está feita. Enquanto o caso não se resolve, os pagamentos do último mês trabalhado (novembro), das férias e da segunda parte do 13º salário aos músicos dissidentes estão suspensos.

A nota publicada em 10 de dezembro no site pessoal de Roger Franco foi retirada do ar após David Quinlan postar, no dia 16, sua versão dos fatos. A atitude foi irresponsável, pois com isso os músicos perdem a credibilidade nos argumentos e a oportunidade de relatar as divergências. O texto de Roger pouco explica ou esclarece (leia a íntegra abaixo). Contém, aliás, uma intimidação ao seu “empregador”: “Na realidade nada aconteceu, ainda”. Ou seja, a história continuará com novos desdobramentos, em mais um fato lamentável dentro da música gospel.

Nota de esclarecimento (divulgada no blog oficial de Roger Franco):
Alguns dos nossos amigos estão nos questionando se saímos do PFG e se realmente estamos movendo um processo judicial milionário contra o David M. Quinlan (Paixão Fogo e Glória), nosso empregador… Por este motivo estamos aqui para esclarecer e logo darmos uma “satisfação” para vocês amigos que acompanham nosso trabalho e logo torcem por nós.
Na realidade nada aconteceu, ainda. O David M. Quinlan simplesmente nos colocou na “geladeira”, por um motivo aparentemente simples mais questionável… “Queremos sonhar, crescer, e espalhar a palavra de Deus para quem realmente necessita dela”… E isso é normal. Não acham?
Ficamos sabendo através do site do Paixão Fogo e Glória que não somos mais integrantes da sua banda e aí veio a surpresa!!!! - Como assim? Não fazemos mais parte? Estamos sem receber o salário de novembro (mês trabalhado) e ponto final.
Até aqui esta é a única verdade. Somos funcionários do David M. Quinlan - PFG, logo, estamos a sua disposição, pois somos músicos e fazemos o que amamos. Precisamos trabalhar para arcar com nossas despensas e sustentar nossas famílias. Não existe processo contra ele movido por nenhum de nós quatro (Roger Franco, Dan Marinho, André Davila e Samuel de Oliveira). O que se espalha por aí não condiz com a verdade.
O nosso único anseio é desenvolver o dom que Deus nos deu, através da música e abençoar vidas. Contamos com as orações de vocês… e temos a certeza de que Deus está no controle.
Um grande abraço e fiquem na paz ….
Belo Horizonte, 10 de dezembro de 2009.


Leia aqui o texto completo publicado por David Quinlan.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Projeto do grupo Jeová Nissi ajuda crianças na Angola

Visando o desenvolvimento de uma política detalhada de apoio à população, especificamente, às crianças atingidas direta ou indiretamente pela guerra civil, que durou mais de 35 anos na Angola, o Ministério de Artes Jeová Nissi, por meio da Organização Cultural Nissi, criou em 2006, o projeto Tenho Fome. Segundo o líder do ministério, Caíque Oliveira, o projeto surgiu após uma viagem de dez dias para Angola. "Com a ida para lá, eu pretendia conhecer de perto as necessidades do país, em especial das crianças, vítimas de tantos conflitos armados, econômicos e sociais, tendo como a mais dura realidade a fome", disse. Quando Caíque retornou ao Brasil, estava decidido a voltar para Angola e a construir um orfanato para mil crianças. No início de 2009, uma equipe de 27 pessoas dentre brasileiros, uma argentina e uma americana, seguiram para o país, a fim de colocar a "mão na massa". "Além de ofertarem financeiramente no projeto, elas ajudaram, com suas próprias mãos, a construir ou a iniciar a construção, da estrutura que temos hoje. Uma escola com duas salas de aula, um refeitório, banheiros e uma casa para os missionários brasileiros. Ainda não finalizamos as obras, mas já temos crianças estudando", explicou Caíque.

Hoje, o projeto atende mais de 100 crianças que moram na comunidade do Kuito, Província do Bié, um dos locais mais atingidos pela guerra. "Lá, as pessoas não tinham perspectiva de nada. Mas, com a ajuda do projeto, as crianças podem sonhar com um futuro promissor. O Tenho Fome oferece a elas estudo de qualidade, material escolar, lazer e duas refeições diariamente. É por esse e outros fatores que dali, eu creio, sairão ministros de Deus que irão refinar a África", enfatizou. Ano que vem, a fim de concluir o refeitório e outros espaços da Aldeia Nissi, uma equipe de voluntários deve embarcar para mais uma fase do "Mão na Massa". Serão duas equipes. Uma em janeiro e outra em fevereiro. Os interessados devem enviar email para euvou@tenhofome.org.br.

CD “Tenho Fome
Uma das estratégias para arrecadar fundos para o projeto foi a idealização do CD “Tenho Fome”, que terá músicas interpretadas por pessoas que têm o coração inclinado para missões: Nívea Soares, David Quinlan, Rodolfo Abrantes, Fernanda Brum, Marcos Sales, Fernandinho, Paulo Baruk, entre outros. O CD será lançado em 2010.

Sobre o grupo Jeová Nissi
Jeová Nissi é um grupo de artes com cerca de 10 anos. O ministério já se apresentou em quase todos os estados do Brasil e em países como a Argentina, Paraguai, Chile, EUA, Canadá, Angola e Japão. Atualmente, existem quatro equipes, suporte administrativo de secretaria, assessoria de comunicação, agência de comunicação e representantes de vendas dos DVDs e outros materiais. As peças “O Jardim do Inimigo”, “A Senha” e “”, entre outras, são de autoria do grupo. Conheça mais sobre o ministério no website http://www.ministeriojeovanissi.com.br/.


Aldeia Nissi: desenhos no local foram feitos pelo ilustrador de Joinville (SC), Pierre Toniote, um dos vários colaboradores que colocaram seus talentos à serviço do projeto.

(Fonte: Revista Show Gospel)

Baú do rock gospel

O Conexão G3 é um site referência para os fãs do Oficina G3, com todo tipo de informação e temas sobre a banda. Mas agora o acervo se amplia para além do G3 e do rock nacional com a chegada do www.rockgospel.conexaog3.com, um blog que chega para atualizar o conhecimento de grandes bandas do cenário nacional e internacional. É mais uma fonte de pesquisa para o público. Informações, vídeos, fotos antigas, curiosidades e matérias de grupos históricos como o próprio Oficina G3, banda Resgate e Fruto Sagrado, e outras bandas menos conhecida, mas já com vários anos de trajetória, como a Lc.9. Para quem curte, vale o clique e ficar atento às atualizações.

Confira neste post, seleção de fotos e vídeos antigos do G3.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

DJ Andy Hunter no Brasil no dia 19/12

O DJ britânico Andy Hunter se apresenta no Brasil neste sábado, 19 de dezembro, sendo a principal atração internacional da segunda edição do Filadélfia Eletro Festival, no Rio de Janeiro (RJ). Hunter é um expoente da música eletrônica cristã e seu trabalho tem alcançado aceitação e reconhecimento também fora da esfera evangélica. Os filmes “A Lenda do Tesouro Perdido” e “Uma Saída de Mestre”, os trailers de “Matrix Reloaded”, o game Need For Speed: Underground e a série “Alias”, têm trilhas sonoras produzidas pelo DJ. Ele ainda tem no currículo diversos remixes com o ministério Hillsong, entre outras parcerias.

A passagem de Andy Hunter pelo Brasil incluía também participação no Arena Beats, em São Paulo (SP), mas o evento, referência nacional dentro da música eletrônica gospel, foi cancelado. O Filadélfia Eletro Festival acontece no parque Terra Encantada a partir das 22hs do dia 19 e segue até as 9hs do dia seguinte, com apresentações simultâneas em três pistas diferentes. Veja a programação completa aqui.

Confira abaixo um clipe de animação de “Life Light”, faixa do álbum “Life”, vencedor do prêmio Dove Awards em 2006:

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Banda It’s Ok libera download de EP

A banda de selo independente It’s Ok, de Lages (SC), está disponibilizando gratuitamente o download do EP “Sou Teu Desejo”, trabalho que serve de prévia para o álbum de mesmo nome a ser lançado no início de 2010. O EP traz quatro faixas, das 13 que devem compor o primeiro disco do grupo. O material pode ser baixado neste link: http://www.mediafire.com/?0ekmt2tknmz. Fotos e informações da banda também estão incluídas no arquivo.

Confira abaixo o vídeo recém divulgado da música “Meu Coração”:


Veja neste post um perfil de It’s Ok já publicado pelo Amplificador.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Em outras palavras... (25)

Setlist Gospel:

Melô do crente com dor de barriga
"Eu quero me esvaziar de mim..."
(Me Esvaziar - Nívea Soares)

Melô da Declaração do Imposto de Renda
"Restitui, eu quero de volta o que é meu..."
(Restitui - Apascentar de Nova Iguaçu)

Melô do terrorista
"Incendeia, Senhor, a tua noiva... Incendeia, Senhor, a tua igreja..."

Melô do endividado
"Não posso pagaaaaarrr... Não posso pagaaaaar... Tudo o que eu faço é tão pouco..."
(Não posso pagar - André Valadão)

Melô da amnésia
"Quem eu sou? Quem tu és? Quem tu queres que eu seja?"
(Filhos do Homem)

Melô do esquizofrênico
"Quando estou em tua presença..
Dá vontade de pular
Dá vontade de dançar
Dá vontade de gritar
Dá vontade de correr
"
(Diante de Ti - Quatro por Um)

Melô da loira crente
"Se tu olhares, Senhor, pra dentro de mim, nada encontrarás..."
(Preciso de ti - Diante do Trono)

Melô do guloso
"Como um farol que brilha a noite
Como ponte sobre as águas
Como abrigo no deserto
Como flecha que acerta o alvo...
"
(Aline Barros)

Melô do bonecão de posto
"O vento sopra e me balança pra lá e pra cá, mas eu não caiu não, nem saio do lugar."

Melô da chapinha
"Quando a tempestade vem, quando a tempestade vem, tudo se transformaaaa"
(Quando a tempestade vem - Diante do Trono)

Melô do papa anjo
"Tu és a minha coroa..."
(Diante do Trono)

Melô do celular no vibracall
"Quando sinto teu toque, tudo em mim estremece..."
(Clamor pelas nações)

By Mukamatrix (via Pavablog)

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Banda Collateral: rock em bom português para americanos e brasileiros


Enquanto a música dos americanos exerce forte presença nos ouvidos dos brasileiros, o som da banda Collateral chega para trilhar o caminho inverso: fazer música em português na terra do Tio Sam, para os americanos e os brasileiros que vivem por lá (e por aqui). Formada por jovens brazucas vivendo nos Estados Unidos, em Nova Jersey, Collateral marca em solo americano um rastro de brasilidade e ainda exporta para o Brasil suas influências musicais já bem refinadas.

O grupo surgiu como banda mesmo em 2006, mas antes disso os integrantes já tocavam juntos na Comunidade Evangélica Vida Abundante (Ceva), nos EUA. A formação começou quando os amigos David e Thiago decidiram ir além do ministério na igreja e alcançar novas fronteiras. As gêmeas Noe (esposa de David) e Ruth (esposa de Thiago) também embarcaram na idéia. Ao sonho do quarteto juntaram-se depois mais dois amigos, Rodrigo e Leo (o único gringo na banda). Nesses primeiros anos de atuação, o grupo trabalhou focado na produção do primeiro disco. O que era para ser apenas um EP, virou um álbum cheio, com 16 faixas totalmente em português. O álbum “Episódio 1: Vida”, recém lançado nos EUA de forma independente, está à venda neste site e também no iTunes. Algumas faixas podem ser ouvidas no MySpace. Num futuro próximo, o grupo pretende fazer versões de algumas músicas do CD também em inglês e espanhol.

O som de Collateral segue a linha moderna do louvor e adoração, com misturas inventivas de várias vertentes do rock. É um estilo experimental e alternativo, que sugere uma produção bem pensada e preocupada em apresentar um material de qualidade. Nomes como Mutemath, Coldplay, Swichtfoot, U2, United, Plumb e Delirious? formam a base de referências musicais para a banda. O primeiro CD coloca à prova o peso dessas influências nas composições. Mas como o nome do álbum propõe, esse é apenas o episódio 1; outros virão. Por enquanto, a missão está cumprida.

Collateral é:
Thiago “Miusek” Pereira (produção, voz e instrumentos)
David Marinelli (guitarras, voz)
Noe Marinelli (voz, violão)
Ruth Pereira (voz, violão)
Rodrigo Persike (baixo)
Leo Nieves (bateria)

Links:
Site: http://www.collateralmusic.com/
MySpace: www.myspace.com/collateralbrasil
Twitter: www.twitter.com/bandacollateral
Blog: http://www.bandacollateral.blogspot.com/
Orkut: Collateral

Confira abaixo “Som da Minha Salvação”, faixa 2 do álbum de estréia:

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

O dia em que o Petra esteve em Joinville


O ingresso perfurado usado por este blogueiro: histórico

Há exatos 11 anos, no dia 7 de dezembro de 1998 (também uma segunda-feira), a maior banda de rock gospel de todos os tempos se apresentava em Joinville num show inédito e histórico. O Petra foi a principal atração do Sul Gospel Festival, evento promovido pela então rádio Floresta Negra AM (hoje rádio Globo Joinville), que contou ainda com a participação do grupo Êxtase, banda Raízes e a cantora Aline Barros.

No palco recém inaugurado do Centreventos Cau Hansen, a banda, à época formada por John Schlitt (voz), Kevin Brandow (guitarra e teclados), Peter Orta (guitarra), Lonnie Chapin (baixo) e Louie Weaver (bateria), estava em turnê de lançamento de “God Fixation”, um dos melhores álbuns da fase final do grupo. A passagem pelo Brasil incluía mais dois shows, um em Vitória (ES) e outro em Brasília (DF).

Apesar da importância da banda e da boa fase vivida pelos demais artistas participantes, o Centreventos, com capacidade para 5 mil pessoas, não ficou lotado, mas pelo menos 2 mil devem ter sido testemunhas do memorável evento. Para uma cidade provinciana, de característica industrial e conservadora, fora do eixo dos grandes shows, foi realmente um feito e tanto. Ainda mais que caiu numa segunda-feira. E ainda mais ainda que o evento quase foi cancelado.

Um adiamento colocou em suspeita a presença do Petra em Joinville e, por conseguinte, a própria realização do festival. Tudo estava programado para o dia 30 de novembro, segunda-feira da semana anterior, mas os integrantes da banda, conforme informações oficiais, tiveram problemas com vistos e passaportes. O fato retardaria a chegada da banda à cidade, o que provocou a transferência de data por parte da organização.

Embora nos idos de 1998 o Petra já somasse 26 anos de atuação, para muitos, particularmente para os mais jovens (como este blogueiro), a banda ainda eram uma recente descoberta, a julgar também pela defasagem com que as novidades estrangeiras chegavam ao Brasil. Conhecer de perto o maior representante do rock cristão mundial, mesmo para aqueles sem muita afinidade com a banda, era uma boa justificativa para estar no festival. De fato, teve quem apenas foi por causa de Aline Barros, em alta naquele tempo, mas como o Petra estava lá mesmo, não custou nada esperar e curtir também o som da banda. Para os mais aficionados, em especial àqueles que conheceram o Petra ainda na fase dos LPs, a oportunidade de vê-los de perto era imperdível.

Não foi um show dos mais empolgantes. Em poucas canções o público cantou junto e interagiu. Pairava mais um ar de admiração e de expectativa do que de participação, coisa típica de plateia sem muita experiência no contato próximo ao artista. Mesmo assim, o registro musical foi de um valor muito superior aos R$ 10,00 do ingresso. E, após 11 anos, o valor histórico do evento também pesa bastante, aliado ao orgulho pessoal daqueles que puderam testemunhar o dia em que o Petra esteve em Joinville. Sem dúvida, uma boa lembrança para uma segunda-feira.

Só para constar, o Petra encerrou oficialmente sua trajetória em 2005, após 33 anos de atividade e uma discografia invejável com 40 trabalhos, incluindo álbuns de estúdio, ao vivo e coletâneas. O especial em CD e DVD “Farewell” (2005), gravado ao vivo, foi o disco de adeus do grupo. O vocalista John Schlitt, no entanto, segue firme com a carreira solo, iniciada mesmo antes do fim da banda. Ele ainda representa “a voz do Petra” e, enquanto estiver na ativa, sempre será uma centelha da banda a iluminar.

Confira aqui e aqui matérias do jornal A Notícia destacando a presença do Petra em Joinville. Foi ao show e quer comentar? Fique à vontade. Compartilhe também fotos e vídeos, se tiver. O Amplificador pode publicar.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Grammy 2010: confira os artistas gospel indicados


As indicações para a 52ª edição do Grammy Awards foram anunciadas nesta quarta-feira, dia 2, pela The Recording Academy, em Los Angeles (EUA). Os candidatos aos melhores da música no último ano concorrem em inúmeras categorias, distribuídas em 29 gêneros. No Gospel, reconhecidos nomes como Third Day, Leeland, Jars Of Clay, Toby Mac e Red marcaram presença novamente, entre outros artistas que chegam pela primeira vez, como Jeremy Camp e Francesca Battistelli. Confira abaixo todos os indicados no gênero "Gospel".

Melhor Performance Gospel
Free To Be Me” – Francesca Battistelli – Fervent Records
Jesus Is Love” – Heather Headley Featuring Smokie Norful – EMI Gospel
I Believe” – Jonny Lang With Fisk Jubilee Singers – Vector Recordings/EMI Gospel
Wait On The Lord” – Donnie McClurkin Featuring Karen Clark Sheard – Verity
Born Again” – Third Day – Essential Records

Melhor Canção Gospel
Born Again” – Third Day – Essential Records
City On Our Knees” – TobyMac – Forefront Records
Every Prayer” – Israel Houghton & Mary Mary – Integrity Music
God In Me” – Mary Mary featuring Kierra “KiKi” Sheard – Columbia Records
The Motions” – Matthew West – Sparrow Records

Melhor Álbum de Rock ou Rap Gospel
The Big Picture” – Da’ T.R.U.T.H. – Cross Movement Records
Crash” – Decyfer Down – INO Records
Innocence & Instinct” – Red – Essential Records
Live Revelations” – Third Day – Essential Records
The Dash” – John Wells-The Tonic – Cross Movement Records

Melhor Álbum Pop/Contemporâneo Gospel
Speaking Louder Than Before” – Jeremy Camp – BEC Recordings
The Power Of One” – Israel Houghton – Integrity Music
The Long Fall Back To Earth” – Jars Of Clay – Gray Matters/Essential Records
Love Is On The Move” – Leeland – Essential Records
Freedom” – Mandisa – Sparrow Records

Melhor Álbum Country, Bluegrass ou Southern Gospel
Jason Crabb” – Jason Crabb – Spring Hill Music Group
Dream On” – Ernie Haase & Signature Sound – Gaither Music Group
The Rock” – Tracy Lawrence – Rock Comfort Records
In God’s Time” – Barry Scott & Second Wind – Rebel Records
Evereday” – Triumphant Quartet – Daywind Records

Melhor Álbum Tradicional Gospel
God Don’t Never Change” – Ashley Cleveland – E1 Music
The Law Of Confession, Part I” – Donald Lawrence & Co. – Quiet Records/Verity
Oh Happy Day” – Vários Artistas – EMI Gospel
The Journey Continues” – The Willians Brothers – Blackberry Records
How I Got Over” – Vickie Winans – Destiny Joy Records

Melhor Álbum R&B (Rhythm and Blues) Contemporâneo Gospel
Audience Of One” – Heather Headley – EMI Gospel
Renewed” – Sheri Jones-Moffett – EMI Gospel
Just James” – J Moss – GospoCentric/Verity
Smokie Norful: Live” – Smokie Norful – EMI Gospel
Bold Right Life” – Kierra Sheard – EMI Gospel

Os vencedores do prêmio serão conhecidos no dia 31 de janeiro de 2010, em cerimônia realizada no Staples Center, em Los Angeles, com transmissão ao vivo pela rede CBS. Veja neste link a lista completa dos indicados em todas as categorias.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Gospel Music Channel faz lista dos melhores álbuns de 2009

A equipe de editores do site Gospel Music Channel compilou uma lista dos melhores álbuns do ano, destacando dez discos. A seleção inclui, ainda, uma relação de Menções Honrosas, com nove álbuns. Confira:

Top Ten:
Steven Curtis Chapman - “Beauty Will Rise” - Sparrow Records
David Crowder Band - “Church Music” - Sixsteps Records
Fred Hammond - “Love Unstoppable” - Verity
Jars Of Clay - “The Long Fall Back To Earth” - Gray Matters/Essential Records
Donald Lawrence - “The Law Of Confessions, Part 1” - Verity
Needtobreathe - “The Outsiders” - Atlantic
Karen Peck & New River - “No Worries” - Daywind Records
Skillet - “Awake” - Atlantic/Ardent/INO
Switchfoot - “Hello Hurricane” - Atlantic/Iowercase people
BeBe & CeCe Winas - “Still” - B+C Records/Malaco

Menções Honrosas:
Phillip LaRue – “Let the Road Pave Itself” (BEC Recordings)
Flyleaf – “Memento Mori” (A&M Octone Records)
J. Moss – “Just James” (Verity)
Gaither Vocal Band – “Reunited” (Gaither Music Group)
Donnie McClurkin – “We All Are One: Live in Detroit” (Verity)
Sara Groves – “Fireflies and Songs” (INO Records)
Relient K – “Forget and Not Slow Down” (Gotee Records/Mono vs. Stereo)
Vota – “VOTA” (INO Records)
Brian Free & Assurance – “Worth It” (Daywind Records)

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Dezembro: lançamentos internacionais

Dia 15:
Seabird – “Rocks Into Rivers” – Credential Recordings/EMICMG (Saiba mais aqui)
Anberlin – “New Surrender Deluxe Edition” – Universal Republic (Saiba mais aqui)

Dia 22:
John Reuben – “Sex, Drugs And Self-Control” – Gotee Records/Word
Charles Billingsley – “God Of The Ages” – Maranatha Records/Word

(Compilado de Jesus Freak Hideout e New Release Tuesday)

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