Te Vejo Em Breve: desabafos musicados

Se você reclama do mau humor dos curitibanos, precisa conhecer esses barbados. Talvez você não goste das músicas, mas eles te atenderão com simpatia e disposição quando, por acaso, estiver perdido em Curitiba e precisar de uma ajudinha. Então, vale a pena de qualquer jeito. Não que eles saiam vomitando arco-íris por aí, ao contrário, rola uns gritos de desabafos, como eles mesmos dizem, “sinceros e musicados”. É música para tratar a alma, com boa dose de lirismo, melancolia, bom humor e cadência. É som que vai da cara feia ao sorriso aberto, da serra ao litoral, do palco para a rua, barulho que sai e chega, vem e se deixar levar, indo, voltando. Música-bumerangue. Um adeus, um até breve.

Nada mais (ou menos) adequado do que chamar isso tudo de rock alternativo, ou indie rock, se quisermos ser ainda mais alternativo, empregando um rótulo onde cabe meio mundo e suas rotações das últimas décadas. Mas, se precisamos de gavetas para guardar as coisas, faremos uso delas mesmo que, ao fim, vamos nos bater para achar o que procuramos. O fato é que a curitibana Te Vejo Em Breve é uma dessas novas bandas que estão abrindo clareiras urbanas para fazer música e arte sem fronteiras, levando a Boa Nova de boa, sem cartilhas, mas com sensível inspiração.

As influências vêm de perto e de longe, passam por Extol, Jeff Buckley, Tourniquet, Anberlin, Dead Fish, Rodolfo Abrantes, entre outras, e chegam até o girassol do jardim da esquina. A formação iniciada em 2009 conta com Williamzinho (vocal), Shandele (guitarra), Rober (guitarra), Vini Teixeira (baixo) e Phelip Carvalho (bateria). Os primeiros barulhos bem bolados saíram num CD promo lançado em 2011 com 11 faixas (disponíveis aqui), mas a coisa ficou séria e o primeiro CD de gente grande, com o filosófico título “Jardim Sem Flores”, saiu no ano passado. Como nesse quinteto só tem gente boa, dá para baixar o CD gratuitamente no site oficial. É gentileza mandar flores como gratidão.

Por fim, mais que gentileza, pede-se um clique nos links abaixo e que abras uns sorrisos após (ou durante) o vídeo a seguir. No mais, te vejo em breve, talvez em Curitiba, talvez em qualquer lugar ou talvez nunca mais. Quem saberá?

Te Vejo Em Breve
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